quinta-feira, 10 de maio de 2012

Arendt e o totalitarismo, por Newton Bignotto

Hannah Arendt produziu, sem dúvida, algumas das mais relevantes obras de filosofia política do século XX. Em seu livro "Origens do Totalitarismo" a filosofa aborda a delicada questão da investigação do processo histórico e da conjuntura política, social e ideológica que tornou possível a surgimento do Estado Total. Se bem entendido, o totalitarismo é uma experiência ímpar na história e, por isso, necessita de um aparato conceitual próprio para ser compreendido. Nesse sentido é que é preciso, junto com Arendt, desmistificar o fenômeno e procurar entendê-lo em sua dimensão histórica, como fato não necessário, mas, ao mesmo tempo, concreto, e daí procurar fugir das precipitações e incoerências de explicações escatológicas ou metafísicas. No sentido de apresentar a abordagem de Arendt sobre o tema é que veiculo o excelente texto introdutório do Professor Newton Bignotto (UFMG) publicado na edição 129 da Revista Cult, exclusivamente dedicada a Hanna Arendt. No texto, Bignotto aborda de maneira resumida e precisa os principais conceitos usados por Arendt na busca de se entender o totalitarismo, bem como comenta questões importantes como a dos apátridas, além da repercussão em meio aos marxistas da aproximação arendtiana entre nazismo e comunismo soviético.

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